O Danevirke era uma muralha de terra que separava a Jutlândia
do Império Franco. Sua finalidade primordial era proteger a
cidade de Hedeby, que era o mais importante centro de comércio
da Dinamarca
Danevirke na "Carta marina" do século 16.
Construção da muralha
Danevirke é uma muralha defensiva dinamarquesa (hoje em Schleswig-Holstein, território da Alemanha) que foi construída entre o limite ocidental da Jutlândia e Schleswig, em Slien, no Mar Báltico, perto do centro viking de comércio de Hedeby.
Segundo fontes escritas, a construção de Danevirke foi iniciada com o rei dinamarquês Gudfred em 808. Foi construída com o objetivo de proteger o reino dinamarquês na península da Jutlândia de ataques francos.
As várias fases de construção de Danevirke. Os
francos haviam conquistado a Frísia e a Saxônia ao longo dos últimos
100 anos. Temendo uma invasão dos francos, o rei dinamarquês Gudfred
ordenou que a fronteira de seu reino com o dos francos fosse
fortificada.
Durante a Idade Média, a estrutura foi reforçada com paliçadas e paredes e foi usada pelos sucessivos reis dinamarqueses como ponto de partida de incursões militares nas Cruzadas Bálticas, particularmente as incursões dinamarquesas contra os eslavos.
Posto alfandegário, pousada e bordel
Runa de Hedeby. Foi encontrada em Sønderjylland, Norte da Alemanha. Sønderjylland atualmente pertence à Alemanha, mas durante a idade média era parte do Reino da Dinamarca. Pesquisadores
descobriram o único portão de travessia do Danevirke, um portal com
cinco metros de largura. De acordo com escritos antigos, “carroças e
homens a cavalo” costumavam passar pelo portão, chamado de “Wiglesdor”.
Perto dele havia um posto alfandegário e uma pousada que incluía um
bordel.
Há um século os arqueólogos sonhavam em encontrar este portão entre a Dinamarca e o Império Franco. Especialistas conheciam a localização aproximada, mas os arqueólogos não podiam escavar: havia uma antiga taverna no caminho. “O Café Truberg colocou freios em tudo”, diz Claus von Carnap-Bornheim, chefe do departamento de arqueologia de Schleswig Holstein.

Arqueólogos fazendo escavações no Danevirke. As
coisas só começaram a ir adiante quando o café faliu e foi comprado em
2008 com a ajuda da AP Møller-Fonds, um fundo que pertence a Arnold
Maersk, dinamarquês de 97 anos que é dono da maior frota de contêineres
do mundo. A companhia de energia E.on Hanse, subsidiária da E.on e
responsável pelo norte da Alemanha, pagou para que o prédio fosse
demolido e os arqueólogos puderam avançar.
Comércio por terra
Seus longos barcos tecnologicamente sofisticados, permitiram aos dinamarqueses desenvolverem uma rede formidável de rotas de comércio. Eles viajavam pelos rios da Rússia até Bizâncio e navegavam o Atlântico Norte até a longínqua Islândia, Groenlândia e até o norte da América do Norte.
Mapa mostrando o Danevirke, baía Schlei, e rios Treene e Eider. Mas
havia um calcanhar de Aquiles nesse império comercial, e este se
localizava em Hedeby. Para que os bens do leste fossem enviados para o
oeste, eles precisavam cruzar a estreita faixa de terra na base da atual
Dinamarca. Os comerciantes entravam no território pela baía de Schlei,
até chegar a Hedeby, onde suas mercadorias eram descarregadas e enviadas
por terra até o Rio Treene, a 18 quilômetros dali. Só então os bens
podiam ser carregados em barcos e enviados pelo Mar do Norte.
Durante toda a duração dessa curta viagem por terra, os bens valiosos – incluindo ouro de Bizâncio, peles de urso de Novgorod e até estátuas de Buda da Índia – ficavam expostos a ataques. Foi para proteger essa importante artéria comercial que os arqueólogos hoje acreditam que foi construída a fortaleza de terra, pedras e tijolos. O Danevirke, em outras palavras, não era nada além de um escudo protetor para o comércio.
cidade de Hedeby, que era o mais importante centro de comércio
da Dinamarca

Construção da muralha
Danevirke é uma muralha defensiva dinamarquesa (hoje em Schleswig-Holstein, território da Alemanha) que foi construída entre o limite ocidental da Jutlândia e Schleswig, em Slien, no Mar Báltico, perto do centro viking de comércio de Hedeby.
Segundo fontes escritas, a construção de Danevirke foi iniciada com o rei dinamarquês Gudfred em 808. Foi construída com o objetivo de proteger o reino dinamarquês na península da Jutlândia de ataques francos.

Durante a Idade Média, a estrutura foi reforçada com paliçadas e paredes e foi usada pelos sucessivos reis dinamarqueses como ponto de partida de incursões militares nas Cruzadas Bálticas, particularmente as incursões dinamarquesas contra os eslavos.
Posto alfandegário, pousada e bordel

Há um século os arqueólogos sonhavam em encontrar este portão entre a Dinamarca e o Império Franco. Especialistas conheciam a localização aproximada, mas os arqueólogos não podiam escavar: havia uma antiga taverna no caminho. “O Café Truberg colocou freios em tudo”, diz Claus von Carnap-Bornheim, chefe do departamento de arqueologia de Schleswig Holstein.


Comércio por terra
Seus longos barcos tecnologicamente sofisticados, permitiram aos dinamarqueses desenvolverem uma rede formidável de rotas de comércio. Eles viajavam pelos rios da Rússia até Bizâncio e navegavam o Atlântico Norte até a longínqua Islândia, Groenlândia e até o norte da América do Norte.

Durante toda a duração dessa curta viagem por terra, os bens valiosos – incluindo ouro de Bizâncio, peles de urso de Novgorod e até estátuas de Buda da Índia – ficavam expostos a ataques. Foi para proteger essa importante artéria comercial que os arqueólogos hoje acreditam que foi construída a fortaleza de terra, pedras e tijolos. O Danevirke, em outras palavras, não era nada além de um escudo protetor para o comércio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário